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Gestão da Informação

publicado:  14/11/2017 18h35, última modificação:  17/01/2018 18h33

Para atender a sua competência institucional, a SPU lida com um conjunto de dados imobiliários e espaciais que caracterizam o patrimônio sob sua gestão. É com base em tais dados que a Secretaria decide sobre a destinação de áreas para apoio a programas do Governo Federal, presta serviços ao público e entidades externas, bem como estabelece o diálogo entre o cidadão e o Estado. Destaca-se que para a adequada interpretação de tais informações e, por consequência, para a tomada de decisão de forma assertiva, a SPU necessita não somente da dimensão espacial dos imóveis, mas também de informação sobre a dinâmica territorial do meio em que esses imóveis estão inseridos. Assim, os principais instrumentos utilizados para apoiar a decisão quanto a gestão de seus imóveis e a prestação de serviços são as bases de dados territoriais, inclusive os documentos cartográficos existentes, dentro e fora da SPU, e os dados patrimoniais dos imóveis da União.

Com o avanço e aperfeiçoamento da gestão nos últimos anos a preocupação com a melhoria do uso desses dados na Secretaria permitiu a institucionalização da gestão da geoinformação como processo transversal de apoio aos processos finalísticos como caracterização, destinação, fiscalização e avaliação, além dos procedimentos de qualificação de dados de variadas naturezas para apoiar os processos de receitas patrimoniais. Importante ressaltar que este trabalho não concorre com as ações de caracterização do patrimônio que, tradicionalmente, sempre utilizaram técnicas de agrimensura, topografia e até mesmo geoprocessamento em seus trabalhos. O objetivo da gestão da geoinformação é padronizar os dados geoespaciais integrando-os aos dados patrimoniais, organizando-os de maneira a proporcionar acessibilidade, tornando-os úteis. Somente com o princípio da padronização é que bases de dados intra e interinstitucionais serão compatíveis para serem compartilhadas com as melhores práticas de gestão da informação evitando redundâncias, inconsistências ou desatualizações, por exemplo. De maneira contemporânea, a SPU tem buscado associar esta organização de dados e informações à informação geoespacial, a localização geográfica e a gestão territorial.

 FME

A Coordenação-Geral de Gestão de Cadastro e Informação Geoespacial da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), por meio do Programa de Modernização da Gestão do Patrimônio Imobiliário da União, adquiriu em dezembro de 2016 o software Feature Manipulation Engine (FME  SpatialETL).

Essa aquisição atende parte do Componente 1 do Programa de Modernização: Modernizar processos e bases de dados para caracterização, que prevê as seguintes ações: revisão dos procedimentos/metodologias de identificação; padronização da cartografia; escala de identificação ampliada; catalogação e conversão da cartografia; e, levantamento aerofotogramétrico.

A necessidade de compra de licenças deste software surgiu a partir da constatação de que a base cartográfica existente na SPU não está padronizada, o que impossibilita a utilização desse material na Gestão da Geoinformação, assim como dificulta o atendimento das etapas de caracterização dos imóveis inseridos em áreas da União, que é o cadastro técnico do mesmo a partir de sua localização geográfica, atividade que também exige agilidade e precisão.

Contudo, esses dados geográficos em formatos diversos (kml, shp, xls, pdf, cad) podem ser convertidos para Banco de Dados Geoespacial (BDG) com a utilização do software FME, por meio da automatização de processos voltados a individualizar e padronizar as entidades espaciais representadas na cartografia, conferir sua integridade geométrica, descrever seus atributos e fornecer um arquivo de saída padrão compatível com a ferramenta de validação topológica do Sistema Único da Secretaria.

A partir dessa constatação e após a aquisição das licenças, instalação do software e capacitação de servidores, vem sendo empreendidos esforços para a efetiva implementação do software FME nas rotinas de trabalho da SPU.

Para alcançar tal objetivo, foi criada a rede de usuários do software: a RedeFME, grupo técnico de servidores que estão implantando o software SpatialETL FME na conversão e padronização da cartografia da SPU. O objetivo dessa rede é facilitar a troca de informações a respeito da estruturação de dados e padronização de fluxos de processos no software. Para dar suporte às discussões e facilitar a integração do grupo, que é composto por participantes de Superintendências diversas, vem sendo utilizadas tecnologias virtuais como videoconferência e conferências virtuais. Criou-se também comunidade no Fórum de Discussão do Portal Colaborativo desta Secretaria do Patrimônio da União.

Desde então, uma série de atividades vem aprofundando o entendimento dos técnicos nos processos de carga, transformação e extração de dados que o software exige, como também divulgando resultados de testes, mapeando demandas, levantando requisitos, entre outras ações. Até o presente momento, temos como resultados:

  • Mapeamento das Demandas para conversão e automatização dos Processos da SPU, com intuito de detectar os principais formatos de dados geográficos utilizados na SPU e orientar ações;
  • Levantamento de Requisitos, definindo escopo e metodologia a ser seguida ao longo da consultoria, referente ao item 2 do Contrato. Ficou definido que na primeira etapa serão tratados os arquivos no formato CAD, por esses serem mais numerosos;
  • Especificação Técnica para dados geoespaciais do Patrimônio Público Federal, para servir de subsídio para o dimensionamento de esforço (h/h) por parte da contratada para a estruturação de fluxo de processamento de dados geoespaciais;
  • Fluxo de conversão de arquivos em formato *.kml, existentes no Google Earth, para Base de dados Única da SPU. Este trabalho está sendo desenvolvido em conjunto com a equipe de produção cartográfica da parceria com o Exército.
  • Primeiros fluxos para conversão de CAD para BDG, apresentados pelos consultores via Conferência Virtual;
  • Fluxo para automatização da conversão de pontos de coordenadas de Memoriais Descritivos em formato *.txt ou *.pdf para polígono georreferenciado.

 

  • Apresentação no evento ENFISC 2017 – de solução utilizando o software FME para obter, agregar e qualificar dados geoespaciais úteis gerados por meio de relatórios de fiscalização.


Para conhecer mais sobre o projeto de implementação na SPU do software SpatialETL FME, entrar em contato pelo e-mail: geospu@planejamento.gov.br

QualificaCEP

A Secretaria do Patrimônio da União – SPU vem conduzindo um projeto de modernização dos seus sistemas, com vistas à melhoria de processos de gestão de imóveis. Dentre esses avanços, destacamos a vinculação da Planta de Valores Genéricos ao Diretório Nacional de Endereçamento (DNE-CORREIOS), com o objetivo de aprimorar o processo de valoração dos imóveis, solucionando a falta de vinculação na estrutura de logradouro/trecho, a vinculação incorreta de imóveis aos logradouros/trecho da planta e existência de logradouros e trechos sem avaliação. Tais inconsistências podem causar distorções na valoração de imóveis, acarretar distorções à contabilização do patrimônio imobiliário da União no Balanço Geral da União (BGU), prejudicar os procedimentos de destinação e ainda trazer prejuízos à arrecadação patrimonial.

O novo modelo de PVG da SPU a vinculará ao DNE-CORREIOS, sendo assim, os endereçamentos dos imóveis da União deverão estar vinculados e validados na tabela de logradouros dos Correios.

Desta forma, com o intuito de validar a qualidade das informações registradas no sistema SIAPA, em 2013/2014 foi assinado um Termo de Cooperação Técnica, junto ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), com o objetivo de apresentar um mapeamento das inconsistências cadastrais existentes, suas consequências e indicações para tratamento.

Os métodos utilizados para formulação das características foram os de comparação entre texto. Estas comparações servem para identificar equivalências, distâncias e graus de similaridades entre os registros.

As características variam de acordo com o propósito. Métricas foram calculadas a fim de computar a distância fonética entre os registros do par ordenado, outras foram calculadas a fim de mensurar a distância de edição – modificações necessárias para transformar um texto em um segundo, entre outras métricas.

As métricas utilizadas originárias do Data Matching podem ser divididas em:

  • Cálculo de distâncias:
    • Metaphone: Algoritmo destinado a comparar foneticamente dois textos. Originalmente não considera vogais, porém foi adaptado à língua portuguesa (PT-BR);
    • Distância de Edição (Algoritmo de Damerau-Levenshtein) – Algoritmo executado para cálculo de transformações necessárias (inserção, remoção e substituições) para transmutar um texto em outro. Houve uma adaptação para o Keyboard Distance, que considera a distância entre as teclas do teclado padrão (ABNT/ ABNT2) brasileiro para quantificar os pesos das transformações;
    • Similaridade:
      • Similaridade de Jaro-Winkler: Métrica usada para cálculo de similaridade. Desenvolvida para ser utilizada em textos de tamanho pequeno, tal como nomes próprios de pessoas;
      • Similaridade de Monge-Elkan: Métrica de similaridade capaz de identificar equivalências entre textos e subtextos.


Esse trabalhou resultou em uma relação de endereços dos imóveis e sua sugestão do similar da base do DNE e um percentual de probabilidade de similaridade.

Com isso, a Coordenação de Cadastro e Informação Geoespacial – CGCIG e Coordenação de Tecnologia da Informação – CGTEC, desenvolveram a ferramenta QualificaCEP, que vem auxiliar as Superintendências na qualificação dos endereços apontados pela COPPE com nível de acurácia abaixo do desejado, definido na Unidade Central.

 

 QualificaCep (http://qualificacep.spu.intra.planejamento/)

Esta ferramenta permite aos usuários consultarem os imóveis, foco da qualificação, escolher entre o CEP sugerido pelo processo de comparação de logradouro, ou procurar novo CEP, ou mesmo informar a impossibilidade de se qualificar tal informação, para assim, permitir a Administração Central adotar novas medidas de decisão.

Por fim, a gestão do conhecimento é reconhecida pela sua relação com a vantagem competitiva (Holsapple and Singh, 2001), e uma vez que o âmago de todo conhecimento são os dados, a qualidade e a integração desses visando atingir a consistência é importante. Diante disso, a Coordenação Geral de Cadastro e Informação Geoespacial – CGCIG tem o compromisso de trabalhar para a qualificação e o enriquecimento dos dados produzidos pela SPU, e assim promover a migração desses dados para a nova ferramenta de administração dos imóveis da União, de modo qualificado e confiável.

Geocodificação de áreas da União

Fruto da parceria com o Exército Brasileiro pelo PMG, foi construída ferramenta de geovisualização dos "pontos" dos imóveis cadastrados no SIAPA e SPIUNET. Esta ferramenta ainda não é parte do SPUnet e encontra-se em produção, atualmente, apenas para o público interno à SPU – em breve será disponibilizado o acesso externo, quando suas informações estiverem satisfatoriamente qualificadas. Na ferramenta, foram geocodificados os endereços das bases SIAPA e SPIUNET no ano de 2016, em um processo que significou atribuir um ponto de coordenadas geográficas aos imóveis com base nos endereços cadastrados, após um processamento de qualidade de dados automatizado, sem interferência humana.

 Catálogo de Geometadados

 Está em ambiente de produção, desde o dia 25/08/17, no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão o módulo de Geoinformação do SPUNet contemplando duas ferramentas: Catálogo de Geometadados e Catálogo de Geoidentificação de Áreas da União. Este acesso estará permitido aos servidores da SPU que atuam junto à CGCIG em Brasília e nas Unidades Regionais de Geoinformação em Manaus, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis.

O módulo permite que a SPU realize a gestão da Geoinformação catalogando seu acervo cartográfico, associando-o às áreas demarcadas ou planejadas para a demarcação e, futuramente, cadastrando e validando os dados geoespaciais convertidos e novos. A informação geoespacial de qualidade permitirá que a SPU passe a ter um cadastro de imóveis e áreas da União com mais segurança jurídica e administrativa, bem como seja referência para outras instituições que trabalham com gestão territorial e dados geoespaciais, inclusive, compartilhando-as.