Brasília, 09/04/2002 - O governo federal e a iniciativa privada instalaram, na sede da Confederação Nacional do Comércio, no Rio de Janeiro, a Rede Brasileira de Promoção de Investimentos -Investe Brasil, primeira Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) da área econômica, formada por representantes de dez ministérios e da sociedade civil.

Concebida no final do ano 2000, quando ministros e dirigentes de associações de classe firmaram um protocolo de intenções para desenvolver o projeto, a entidade pretende não apenas atrair investimentos estrangeiros, mas retê-los no país, e sua gestão será totalmente privada. Seu orçamento será de R$ 8 milhões/ano, divididos entre 50% do governo federal e 50% do setor privado. O principal alvo da Investe Brasil serão as médias empresas estrangeiras que ainda não conhecem as oportunidades de investimentos no Brasil.

"Queremos que 10% dos investimentos estrangeiros este ano tenham o nosso carimbo", disse o presidente da Investe Brasil, Rudolf Höhn, confiando que até dezembro os IDEs (investimentos diretos estrangeiros) alcancem cerca de US$ 24 bilhões, superando os US$ 22 bilhões obtidos no ano passado.

Para "colocar o Brasil na tela do radar dos potenciais investidores estrangeiros", segundo definição do ex-Ministro do Planejamento, Martus Tavares, grande incentivador da criação da Rede Investe Brasil, a entidade vai adotar uma postura mais agressiva na captação dessa poupança externa. A idéia é desenvolver um trabalho conjunto com as delegações do Itamaraty no exterior, enquanto a atração de investimentos no mercado financeiro continuará missão do Banco Central.

Essa aproximação se fará através de representantes da Rede e do Ministério das Relações Exteriores, e do site http://www.investebrasil.com.br. O site divulgará, os 387 projetos do Plano Avança Brasil, que totalizam investimentos de US$ 228 bilhões até 2007.