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Pintando a Liberdade encerra 2002 com saldo positivo

publicado:  29/11/2002 12h34, última modificação:  01/03/2016 20h24

Brasília, 29/11/2002- O Programa Pintando a Liberdade - integrante do Plano Avança Brasil coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e coordenado pelo Ministério do Esporte e Turismo - termina o ano com status de "máquina de resultados". São 12.700 presos ressocializados e tendo ocupação em todo o país, fabricando bolas, bandeiras e outros materiais esportivos. Eles trabalham nas 53 unidades de produção do programa distribuídas em 26 estados da Federação. Nos próximos dias 2 e 15 de dezembro mais duas fábricas do Pintando a Liberdade serão inauguradas: uma no Rio Grande do Sul e outra na Bahia.

O Rio Grande do Sul passa a ter unidade do Pintando a Liberdade na Penitenciária Modulada de Charqueadas, a 70 quilômetros de Porto Alegre. Cerca de 150 internos, já capacitados por instrutores do Programa (todos ex-detentos), irão confeccionar bolas de futebol, futsal e vôlei, graças a convênio estabelecido ano passado com a Secretaria de Justiça do Estado.

O trabalho na Bahia, voltado para a fabricação de camisetas, shorts e agasalhos esportivos, será desenvolvido na Fazenda do Menor, em Feira de Santana, distante 200 quilômetros de Salvador. A unidade baiana, informalmente denominada "Pintando/Juvenil" dará ocupação para adolescentes em conflito com a lei, temporariamente cumprindo pena. Esta será a última inauguração do ano.

Nos dias 23 e 24 de novembro, o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e a Penitenciária Cearense de Juazeiro do Norte também ganharam unidades próprias do Pintando a Liberdade.
Os presos da Papuda, que antes trabalhavam de forma improvisada na alfaiataria da penitenciária, agora têm a estrutura necessária para o trabalho - computadores, equipamentos de refrigeração interna e máquinas modernas. Em Juazeiro, aproximadamente 200 internos entram para o programa. Serão responsáveis por uma produção de 30 mil bolas a cada seis meses.

Todo o material produzido pelos presos por meio do Programa Pintando a Liberdade beneficia crianças e jovens carentes de mais de 10 mil escolas públicas - estaduais e municipais - em todo o país, atendidas pelo Programa Esporte na Escola, também do Governo Federal. O Pintando a Liberdade gera anualmente em torno de 700 mil itens entre uniformes e equipamentos esportivos.

Segundo o coordenador nacional do Programa, Gerencio de Bem, o Pintando a Liberdade, que teve início em 1997 beneficiando apenas 25 detentos, hoje é reconhecido como "uma máquina de resultados" atuando em duas frentes: na reeducação do preso e na inclusão de crianças e jovens no desporto de base, bastante oneroso para as camadas mais pobres da população.

"Enquanto o preso trabalha e ganha condições de reduzir a sua pena na perspectiva do reingresso social, crianças carentes em diversas localidades do país, passam a ter um pouco mais de alegria, seja por praticar algum esporte, seja pelo simples fato de possuir aquela bola, aquela camiseta, ou sacola esportiva, que nunca poderiam comprar", orgulha-se Gerencio, otimista quanto à continuidade do Programa no próximo governo em razão de seu impacto social.