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Instalação da Concar permitirá que o PPA seja acompanhado on-line

publicado:  21/09/2011 21h04, última modificação:  01/03/2016 20h24

Brasília, 21/9/2011 – A partir do ano que vem, qualquer pessoa poderá acompanhar on-line a execução das políticas públicas brasileiras previstas no Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. Para isso, bastará acessar o portal brasileiro de dados espaciais no endereço http://www.inde.gov.br/.

Essa é uma das conseqüências da retomada do papel da Comissão Nacional de Cartografia (Concar), cujos membros foram empossados hoje pela sua nova presidente, Lúcia Falcón, secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (Veja aqui a nova composição da Concar)


Foto: Luciano Ribeiro/Divulgação

Constituída desde 1967, a Concar se consolidou com a edição do Decreto S/N, de 1º de agosto de 2008, como órgão colegiado do Ministério do Planejamento, responsável pela padronização e normatização da produção cartográfica nacional – pública e privada. Com sua instalação formal, hoje, na primeira reunião plenária no atual governo, buscará se consolidar, também, como fórum para validação das ferramentas necessárias ao referenciamento espacial da ação pública.

“Colocar o PPA à disposição para que a sociedade organizada nos ajude no alcance das metas preconizadas foi um dos compromissos que o governo assumiu no Fórum Interconselhos, em junho, ainda na fase de construção desse novo modelo de planejar, afirmou a secretária. 

No Plano Plurianual estão contidas, de forma regionalizada, as ações governamentais previstas para o período 2012-2015. Conforme levantamento apresentado pela secretária, existem no PPA 22 programas, 33 objetivos, 75 iniciativas, e 85 metas que tratam especificamente ou têm forte impacto sobre a geoinformação.


Foto: Luciano Ribeiro/Divulgação
 
Para que o Portal Inde se consolide com as informações do PPA, será preciso, antes, concluir a elaboração das normas a serem seguidas pelos entes públicos e privados que trabalham com dados espacializados em todo o país. São elas que permitirão ao governo homologar os dados geoespaciais – dados que, por definição, tenham uma componente territorial, aos quais se possa associar uma posição na superfície terrestre.

A legislação existente hoje já caducou, não atende às necessidades de uma ferramenta que se modernizou muito nos últimos tempos. “Qualquer garoto entra no Google, procura informação de georeferenciamento e chega com precisão ao endereço desejado, exemplifica Lúcia Falcón.

O PORTAL

Pouco depois da atualização da Concar, foi editado o Decreto 6666/2008, que instituiu a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – Inde, com o objetivo de “catalogar, integrar e harmonizar dados geoespaciais existentes nas instituições do governo brasileiro, de maneira que possam ser facilmente acessados por qualquer usuário de internet.

O portal está no ar desde abril de 2010, atualmente com informações do IBGE, da CPRM (Serviço Geológico do Brasil) e Ministério do Meio Ambiente. Mas a proposta é que seja no futuro uma base de dados geoespaciais descentralizada.

“Os padrões de interoperabilidade da Inde permitem que cada órgão ou instituição pública coloque seus dados, metadados e serviços, de acordo com as normas e padrões que a Concar está agora estabelecendo, explica o secretário-executivo da Concar, Luiz Paulo Souto Fortes, diretor de Geociências do IBGE.

Neste momento, segundo ele, o esforço é no sentido de que os órgãos públicos federais, estaduais e municipais saibam o que será necessário fazer para que os dados de que dispõem – e também os que ainda irão produzir – possam participar da Inde.

As regras serão consolidadas em breve numa instrução normativa a ser editada pela Concar. A adesão é obrigatória para todos os órgãos e entidades do Executivo federal, mas voluntária para estados e municípios.

A iniciativa privada também participa da Concar. É representada por dois membros da Associação Nacional das Empresas de Aerolevantamentos – Anea, profissionais produtores de informações baseadas em cartografia. “Temos uma expectativa muito grande de que com a retomada da Comissão, essa atividade terá muita importância para o país nos próximos anos, opina o empresário Renato Asinelli Filho.

SEGURANÇA NACIONAL

A produção de dados geoespaciais pelos órgãos públicos e sua padronização e normatização pela Concar serão fundamentais ainda para a defesa e segurança nacionais. Entre seus membros estão representantes da Diretoria de Serviço Geográfico do Comando do Exército; da Diretoria de Hidrografia e Navegação do Comando da Marinha; e do Instituto de Cartografia Aeronáutica do Comando da Aeronáutica.

“São esses dados que nos darão a resposta à pergunta mais importante que todos fazem: ‘Onde?’ É a resposta a essa pergunta que justifica a nossa presença na Comissão, explica o representante do Comando do Exército, general Pedro Ronalt Vieira, titular da Diretoria de Serviço Geográfico. “Hoje há uma demanda crescente, uma necessidade cada vez mais imediata do uso da geoinformação atualizada, assegura ele.