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Bernardo: PPI e PAC irão consolidar nova forma de gestão de investimentos

publicado:  09/02/2007 08h00, última modificação:  01/03/2016 20h23

Brasília, 9/2/2007 - O Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o Projeto Piloto de Investimento – PPI e o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo presidente Lula no último dia 22.01, irão consolidar uma nova forma de gestão de investimentos públicos, com grande foco no resultado. “Faremos acontecer”, garante Bernardo adiantando que todos os ministros estão orientados para “transformar o PAC em coisa concreta”.

Segundo o Ministro, foi montado um Comitê Gestor, formado pela Casa Civil, Fazenda e Planejamento, além do ministro setorial, que irá acompanhar todo o processo dos projetos, licenças ambientais, licitações, execução propriamente dita, com cronograma de todas as etapas. Bernardo acredita que com o acompanhamento dos projetos prioritários será possível detectar mais rapidamente eventuais problemas que possam surgir e tentar saná-los para que se evite obras paradas ou inacabadas.

Bernardo destacou que a gestão será um elemento fundamental na condução dos projetos do PAC , mas esclareceu que o Programa de Aceleração do Crescimento não é só investimento público. Portanto, afirmou, além de acompanhar de perto os projetos que serão executados com recursos públicos, o governo irá trabalhar questões para promover e desonerar o investimento privado.

O Ministro ressaltou que para priorizar investimentos será necessário cortar gastos correntes. “Não é uma equação fácil, mas teremos que resolver”, afirmou, acrescentando que “o quadro de investimento vai ficar bem robusto”. A previsão contida no PAC para 2007 será de R$ 15,8 bilhões, sendo que R$ 11,3 bilhões do projeto piloto de investimento – PPI. Segundo esclareceu, R$ 4,6 bilhões já estão autorizados pela LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias/2007. A diferença será obtida através de nova alteração na LDO que elevará para 0,5% do PIB os investimentos que serão abatidos do superávit fiscal.


POLÍTICA ECONÔMICA

Paulo Bernardo rebateu críticas que têm surgido sobre a política cambial e monetária e afirmou que a política econômica é do Presidente Lula e que as pessoas devem ver o que de fato acontece em detrimento de discursos desta ou daquela organização, deste ou daquele analista.

Segundo o Ministro, o Presidente Lula tem dito com grande clareza que não vai mudar a política econômica e que as pressões devem ser vistas com naturalidade. “Estamos ganhando o jogo”, afirmou, “e portanto não tem cabimento fazer mexida na economia, muito menos uma mexida brusca”.

Com relação ao câmbio, foi enfático ao dizer que o “melhor é o câmbio flutuante” porque não podemos fazer um câmbio para o setor agrícola, outro para o de calçados. Não podemos fixar um câmbio para cada um. Temos que trabalhar em algo que beneficie a sociedade inteira”. E ressaltou entretanto, que há setores que se beneficiam do real valorizado, como as importações. A indústria está se modernizando e equipando suas instalações, afirmou. Assim, terminou, mexer no câmbio pode significar “agradar alguns e prejudicar outros, talvez a maioria. Assim, temos que buscar um ponto de equilíbrio sem a interferência direta do governo”.