Brasília, 05/10/2001 - O Presidente Fernando Henrique Cardoso visitou hoje (05/10/01), o Estado de Tocantins e inaugurou o novo aeroporto de Palmas e a Hidrelétrica de Lajeado. As solenidades tiveram a participaçâo dos Governadores de Tocantins, Siqueira Campos e do Distrito Federal, Joaquim Roriz, dos Ministros de Estado da Defesa e dos Esportes e Turismo, parlamentares e prefeitos da região.

Ao chegar em Palmas, o Presidente inaugurou o novo complexo aeroportuário de Palmas, um dos mais modernos, na categoria de porte médio, em operação no Brasil, e uma das obras inseridas no Programa Estratégico Aeroportos, do Plano Avança Brasil do Governo Federal.

Em seguida, o Presidente se dirigiu à Hidrelétrica de Lajeado onde acionou a primeira turbina da usina, que acrescenta mais 180 MW ao sistema energético Brasileiro. A Usina é uma das obras que constam no Programa Estratégico Geração Hidrelétrica, do Plano Avança Brasil.

O novo aeroporto

O investimento total no novo Aeroporto de Palmas é de R$ 91,5 milhões, sendo 80% dos recursos oriundos da Infraero e 20% do Governo do Estado. O Aeroporto foi construído no tempo recorde de 24 meses, um ano antes do previsto, e tem capacidade para 370 mil passageiros/ano.

O Terminal de Passageiros, com área construída de 12,3 mil m², possui praça de alimentação para 200 pessoas, espaço cultural, 25 lojas comerciais, 12 balcões de check-in, terraço panorâmico e ar condicionado geral. Este é o primeiro aeroporto de médio porte da Rede Infraero inserido no novo conceito de "Aeroshopping".

Fazem ainda parte do conjunto do aeroporto a central de utilidades, a torre de controle, o grupamento de navegação aérea e a seção contra incêndio.

A construção do novo aeroporto empregou 800 trabalhadores no canteiro de obras e só no início de operação já vai empregar cerca de 600 pessoas e gerar mais de dois mil empregos indiretos. Além disso, o novo complexo vai incrementar a indústria eco-turística local.

Um dos principais cuidados tomados na construção do novo aeroporto foi com a redução do impacto ambiental. Desde o início das obras, a Infraero se pautou pelo respeito às normas de proteção ambiental. O novo local do aeroporto retirou a atividade do centro da cidade e a colocou em região mais adequada e segura e, por ficar em local isolado, o ruído não incomoda seus habitantes.

A Infraero implementou também, durante a construção, 12 programas ambientais, como por exemplo, o sistema de coleta seletiva de materiais recicláveis. Papéis, plásticos, vidros, metais e outros materiais orgânicos serão coletados nas dependências do aeroporto, processados e usados como matéria prima na manufatura de novos produtos.

A área total do aeroporto, de cerca de 23,7 milhões de m², uma das maiores do País, vai possibilitar, quando necessária, a ampliação, inclusive com a construção de uma segunda pista. Além disso está prevista, dentro desse espaço, a construção de hotéis e estruturas de lazer, já que o aeroporto vai ficar bem próximo ao lago que será formado pela barragem de Lajeado.

A Hidrelétrica de Lajeado

A Usina fica localizada entre as cidades de Miracema e Lajeado, no Estado do Tocantins. A energia gerada pela primeira turbina é maior do que os 150 MW atualmente consumidos pelo Estado no horário de pico, tornando o Estado auto-suficiente em energia elétrica e exportando o excedente para outras regiões do País. Quando todas as turbinas estiverem em operação, em meados de 2002, Lajeado acrescentará no total mais 900 MW ao sistema energético brasileiro.

O valor total do empreendimento é de R$ 1,3 bilhão. As obras começaram em 1998 e a primeira turbina entra em operação no tempo recorde de 39 meses (o prazo médio para esse tipo de empreendimento era de 60). A construção consumiu mais de um milhão de metros cúbicos de concreto (o equivalente a 10 Maracanãs) e vai formar um lago de aproximadamente 630 km quadrados.

Lajeado tem o maior canteiro de obra civil em construção no Brasil e está sendo erguida por um consórcio de empresas privadas que compreende o Grupo Rede, EDP, CEB, e CMS Energy, que formam o consórcio Investco.

A energia gerada pela hidrelétrica será transportada para o Linhão Norte-Sul, e, daí, distribuída para o resto do País. Além de criar 11 mil empregos diretos e mais de 20 mil indiretos, o empreendimento é o primeiro a ser executado dentro das normas estabelecidas pela legislação ambiental.

A Usina de Lajeado é também a primeira barragem construída depois da instituição do Conama em 1986 e regulamentada na virada na década, inclusive com amplas discussões na reunião da Eco-92.

De acordo com a Investco, atualmente estão sendo executados 34 programas ambientais em parceria com 100 instituições, entre elas USP, UnB, Ibama e diversas ONGs.