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SPU/MS e Sidrolândia mobilizam-se para questão da habitação da etnia Terena

publicado:  22/03/2010 18h04, última modificação:  28/05/2015 16h10

Campo Grande, 22/3/2010 – O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, Mario Sergio Sobral Costa, tem participado de diversas reuniões com o prefeito de Sidrolândia, Daltro Fiúza, com o objetivo de tratar da permuta de uma área não-operacional da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) com um imóvel do município, para ampliação da área indígena urbana conhecida como Aldeia Buritizinho (Tereré). Há previsão de assentamento de 50 famílias da etnia Terena.

“A intenção da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, em cumprimento à missão institucional, é de dar continuidade à meta de regularização fundiária no estado de Mato Grosso do Sul, enfocando também a demanda de terras para assentamento das várias etnias indígenas no estado, no intuito de ampliar a área habitacional étnico-racial em Mato Grosso do Sul, afirma Mário Sergio.

Situada a 60 km de Campo Grande,  Sidrolândia, com população em torno de 38 mil habitantes, possui agroindústrias, e indústrias de confecções do vestuário e doces. O município sempre foi palco de conflitos entre fazendeiros e indígenas. Mato Grosso do Sul é o segundo estado da federação com a maior população indígena, com um dos maiores índices de conflitos.

Além da situação precária em que vivem os indígenas do estado, mostrada no relatório internacional Survival, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta os dados de violência envolvendo esses povos como recordistas no País. Dos 59 assassinatos de índios no ano passado, 42 foram em Mato Grosso do Sul, que também é o recordista em casos de suicídio. A situação precária dos povos indígenas é atribuída à falta de terra.

Outro relatório sobre a questão indígena no estado está sendo elaborado pela Comissão de Direitos Humanos ligada à Presidência da República. Um grupo, enviado ao estado na última semana, analisou a situação indígena, e deverá divulgar na próxima semana o documento contendo recomendações às entidades que tratam da questão.