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Brasil é incluído no disputado catálogo de materiais da OTAN

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília, 11/07/2002 Cinco anos depois de assinar um acordo bilateral com a Agência de Manutenção e Suprimento da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o Brasil conseguiu uma significativa vitória no Sistema de Catalogação da Organização: com projeto de adequação desenvolvido pelo Centro de Catalogação do Ministério da Defesa - CECAFA, o país acaba de atingir o nível dois da entidade, o TIER-2.

Em linguagem técnica, isto significa estar incluído no seleto time de países cujos produtos podem figurar no catálogo da OTAN, independente de sua utilização anteriormente.

"Além de ser o primeiro país latino-americano a gozar desta prerrogativa, o Brasil é o terceiro não membro da OTAN (ao lado de Austrália e Nova Zelândia) a alcançar este nível, pois já dispomos do nosso próprio sistema de catalogação nos moldes exigidos pela Organização, que é o SIASG - Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais", explica Renata Vilhena, Secretária Adjunta de Logística e Tecnologia da Informação.

ABERTURA DE MERCADO

A partir de agora, o Brasil poderá opinar e votar sobre a catalogação de materiais e assuntos de caráter econômico-financeiro. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que participa da iniciativa junto com o Ministério da Defesa, já vem adequando seu sistema de catalogação de materiais à metodologia da OTAN, o que permitiu a troca de informações do SIASG, com as bases de dados do Centro de Catalogação do Ministério da Defesa - CECAFA.

"Uma das conseqüências imediatas da elevação do Brasil ao nível TIER-2 é a abertura de mercado para as empresas nacionais, de modo geral, e em particular para aquelas de material de defesa", afirma a Diretora do Departamento de Logística e Serviços Gerais da Secretaria de Logística do Planejamento, Elisabeth Braga, que coordena o projeto de modernização do SIASG. Segundo Elisabeth, essas empresas terão seus nomes no Catálogo, tornando-se potenciais fornecedoras de itens usados pelos mais de 50 países integrantes do Sistema.

"O TIER-2 é mais um passo para a criação do Sistema Nacional de Catalogação, com a participação de entidades públicas e privadas. O Sistema é fundamental para que o Brasil possa dispor dos benefícios auferidos por um sistema único de catalogação, principalmente no que diz respeito à racionalidade, transparência e redução de custos finais", conclui Elisabeth Braga.

Wilson Fernandes, coordenador do grupo de catalogação na Secretaria de Logística, explica que o Catálogo da OTAN integra uma estrutura de apoio logístico da entidade, que tem os mesmos moldes da ONU. O Catálogo inclui 16 milhões de itens descritos na base do sistema, o Federal Suply, uma relação de suprimentos dividida em 90 grupos e 646 classes de produtos, onde apenas três ou quatro itens são tipicamente militares.

Atualmente, 78 indústrias brasileiras fazem parte do Cadastro, o qual inclui um milhão de fabricantes de todo o mundo. Eles desenvolvem materiais que vão de produtos de alimentação, saúde, construção civil à construção de navios e material radioativo.