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83% dos alunos do Brasil terão acesso à internet banda larga até 2010

publicado:  16/04/2015 18h19, última modificação:  16/04/2015 18h19

Brasília, 8/4/2008 - Todos os alunos das escolas públicas do ensino fundamental e médio situadas na área urbana das cinco regiões do Brasil terão acesso à internet banda larga até o final de 2010. Isso representa uma cobertura de 83% dos alunos de escolas públicas matriculados em 56 mil escolas da rede urbana do país. O compromisso foi assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, dia 8 de abril, em Brasília, no lançamento do Programa Banda Larga nas Escolas.

A meta é que 40% das escolas públicas de educação básica previstas pelo programa tenham laboratórios de informática com internet banda larga ainda em 2008. No ano seguinte, mais 40% das escolas serão beneficiadas e, em 2010, serão atendidas as 20% restantes. O serviço vai beneficiar 37,1 milhões de estudantes quando estiver plenamente implantado.

Esse programa é resultado do trabalho conjunto entre diversos órgãos do Governo Federal. Entre eles a Presidência da República, Casa Civil, Secretaria de Comunicação (Secom), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os Ministérios da Educação, das Comunicações, Planejamento e Ciência e Tecnologia, em parceria com as concessionárias de telefonia fixa.

A cerimônia de lançamento foi realizada no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros da Educação, Fernando Haddad, da Casa Civil, Dilma Roussef, das Comunicações, Hélio Costa, e do presidente da Anatel, Ronaldo Mota Sardenberg.

Também contou com a participação de um represente das operadoras de telefonia e da diretora de uma escola pública do município de Tiradentes.

Num primeiro momento, as operadoras de telefonia vão possibilitar o acesso à internet nas escolas com 1 megabit, velocidade que será dobrada até  2010. Das 142 mil escolas brasileiras, atualmente apenas 8% dispõe de internet com velocidade superior a 512 Kbps .

Segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil, dos domicílios que têm acesso à internet no Brasil, a maioria deles - 45% - dispõe de internet com uma velocidade de apenas 128 kbps. Dos domicílios que têm acesso à internet banda larga, 53% dispõe de uma conexão com uma velocidade de até 600 kbps. Apenas 19% têm velocidades superiores a isso.

Na opinião do secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, essa iniciativa vai elevar as condições de conectividade das escolas brasileiras aos patamares dos países mais desenvolvidos do mundo.

Segundo ele, dados de 2006 mostram que 95% das escolas públicas da Dinamarca e dos Estados têm acesso à internet banda larga. Esse número é de 89% na Suécia, 81% na Espanha e de 75% no Reino Unido e na França. Santanna destacou que o Projeto Banda Larga nas Escolas atingirá num primeiro momento 56 mil escolas públicas localizadas em áreas urbanas - 40% de todas as escolas públicas brasileiras, mas que esse percentual atingirá 83% de todos os alunos da rede pública do país.

“Além de revolucionar o ensino no país ao permitir que nossas crianças e adolescentes estejam familiarizados às novas tecnologias da informação desde o início de sua vida estudantil, também será possível massificar a banda larga e permitir que os cidadãos de todas as classes sociais tenham acesso à internet”, destacou. 

Conforme Santanna, para a implementação desse programa serão necessários investimentos capazes de massificar o acesso à banda larga no Brasil, uma vez que 3.570 municípios ainda não dispõe dessa infra-estrutura. Ele lembrou que mesmo com uma infra-estrutura de telecomunicações restrita às regiões de maior renda, houve em 2007 um crescimento de 30% no acesso à banda larga no país.

O secretário de Logística e Tecnologia da Informação acredita que além de elevar os níveis educacionais dos estudantes, também haverá melhoria da renda dos brasileiros e que será possível compartilhar o conhecimento desenvolvido nas grandes metrópoles com os municípios do interior do Brasil. Isso, na sua opinião, contribuirá para a redução das desigualdades sociais e para a consolidação da democracia.