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Estudos de viabilidade da Ferrovia Transcontinental são apresentados em audiência pública

Objetivo é criar uma rota alternativa ao Canal do Panamá. Secretário de Assuntos Internacionais e coordenador de Ferrovias do Ministério do Planejamento participaram da discussão no Senado, que contou com representantes dos governos da China e do Peru

publicado:  29/06/2016 20h02, última modificação:  30/06/2016 14h03


 
Em audiência pública realizada pelas comissões de Serviços de Infraestrutura, de Assuntos Econômicos e de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, Guilherme Bianco, coordenador-geral de Ferrovias da Secretaria do PAC do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, defendeu a importância da construção da Ferrovia Transcontinental. “O projeto é de grande relevância para o desenvolvimento regional e de todo o Brasil”, afirmou.

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Audiência no Senado da Ferrovia Transcontinental. Foto: Gleice Mere/MP
 
A construção da ferrovia, também chamada Biocenânica, que faz parte do PIL (Programa de Investimento em Logística) deve ligar os litorais dos oceanos Atlântico e Pacífico, saindo do Rio de Janeiro e passando por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, com destino ao Peru.
 
O objetivo é criar uma rota alternativa ao Canal do Panamá, reduzindo o custo de transporte de produtos de exportação para a Ásia, especialmente a China, principal parceiro comercial do país. Na audiência, acompanhada pelo secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, foram apresentados estudos de viabilidade como o realizado pelo governo chinês, parceiro do empreendimento. A previsão é de que a obra se viabilize por meio de concessões e de Parcerias Públicos Privadas (PPPs).
 
Bianco destacou tratar-se de “projeto desafiador, que implica em demandas sociais, em novos arranjos comerciais que o tornem atrativo, agregando outros investimentos públicos e privados”. O custo de transporte realizado hoje basicamente sobre rodas, no Brasil, segundo ele, é extremamente alto não só na comparação com o da América do Norte e da Europa, mas também em relação ao da própria América do Sul.
 
A ferrovia, prevista para ter mais de 5 km de extensão, terá ligações com outros modais, se interligando com trajetos da ferrovia Norte-Sul, com a BR 364 e o Rio Madeira, usado para transporte aquaviário.
 
Obstáculos de natureza ambiental foram discutidos na comissão, já que o trajeto passa, no caso brasileiro, próximo a áreas indígenas e de preservação ambiental, e, no caso do Peru, pelas montanhas andinas. As maiores dificuldades são encontradas do lado peruano, que questiona também o retorno da obra para o país e não tem definição sobre qual seria o traçado mais adequado, se pelo sul ou pelo norte do país.